Dor e sofrimento para Nietzsche
Nietzsche dirá o que pensa sobre o sofrimento, já no início de A Gaia Ciência: "Duvido que semelhante sofrimento nos aperfeiçoe...mas sei que nos torna mais profundos".
Ao passar pelo umbral de sofrimentos inenarráveis, Nietzsche ainda dirá que o Filósofo, por mais torturado pelo mundo e auto-torturado pela própria mente que seja, não separará a alma do corpo, ou abraçará uma espiritualidade medíocre, muito menos se tornará um misantropo.
"Ainda lhe é possível amar a vida; apenas a ama de maneira diferente. Ama-a como se ama uma mulher da qual se dúvida...mas o fascínio de tudo o que é problemático, a embriaguez do X, são demasiado grande neste homem espiritualizado para que as suas alegrias não tornem sempre a assinar, com ardor, acima de todas as misérias dos problemas, de todos os perigos da incerteza, e até de todos os ciúmes daquele que ama. Conhece-se uma felicidade nova... " ____in A Gaia Ciência / Nietzsche.
Em resumo, na mesma linha desse ponto específico de reafirmação da vida, crítica, penso que apenas quem passou pelo pior que há na vida, caiu, foi jogado ou pulou no Abismo dos abismos e se aproximou do Vazio dos vazios, da Escuridão absoluta, essa última paragem que antecede o Desconhecido dos desconhecidos, e retornou como uma outra "Coisa", detém a competência e a capacidade necessárias para identificar e conhecer uma verdadeira "possibilidade nova" na Existência.
E. E-Kan
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